A campanha Dezembro Laranja, foi criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia com o objetivo de informar a população a respeito dos riscos, provocar a diagnostico mais precoce e prevenir o câncer de pele, que é o tumor de maior incidência e prevalência no Brasil.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Cancer), são esperados 220 mil casos novos de câncer de pele (32% de todos os casos novos de câncer) no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. As informações são da publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, lançada recentemente.
As pálpebras e região peri-ocular são áreas expostas e os tumores de pele são muito frequentes nessa região.
Pessoas de pele clara, com pintas e manchas, idosos, quem se expôs muito ao sol e quem tem histórico de câncer de pele na família estão entre os mais propensos a desenvolver a doença. Os cânceres de pele na pálpebra (epidérmicos) podem ser divididos em melanoma e não melanoma, e os mais frequentes são o carcinoma basocelular (menos agressivo) e o carcinoma espinocelular mais agressivo, e que podem causar lesões funcionais e estéticas muito graves.
O carcinoma basocelular é de longe o tumor mais prevalente nas pálpebras e região peri-orbitária e o mais frequente na população brasileira, costuma apresentar áreas com protuberância, com borda mais elevada e cor mais avermelhada, com pequenos vasos de sangue. Já o carcinoma espinocelular, segundo mais frequente, porém, mais agressivo que o basocelular, tem como característica sinais com aparência endurecida, uma úlcera que lembra um machucado, que não cicatriza.
O melanoma cutâneo é muito agressivo, normalmente acomete os mais jovens, entre 30 a 40 anos, surgindo por meio de uma pinta ou um sinal em tons acastanhados, que com o tempo altera de cor e tamanho, podendo até sangrar. Em um estágio mais avançado, o tumor pode gerar metástase nos órgãos e gânglios e inclusive provocar a morte. Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura dos melanomas de pele é alta, podendo chegar a mais de 90%.
O diagnóstico dos tumores nas palpebras pode ser feito clinicamente pelo oftalmologista, podendo necessitar de exames mais especializados como a tomografia de coerência ótica ou incluir biópsias. O tratamento pode ser cirúrgico nos tumores menos graves e avançados incluindo ai uso de LASER e outros aparatos especializados ou pode necessitar de apoio de oncologista clínico e uso de quimioterapias. Consulte o seu oftalmologista. Lembre-se que o médico oftalmologista deve ser titulado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e possuir um Registro de Qualificação de Especialidade (RQE).
Fontes:
Inca – Estimativa 2023 – Incidência do câncer no Brasil. INCA estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025 — Português (Brasil)
Sociedade Brasileira de Dermatologia – https://www.sbd.org.br/
Conselho Brasileiro de Oftalmologia – http://cbo.net.br/2020/home